domingo, 27 de maio de 2012

Donas de Casa Desesperadas: a recta final



Esta série está connosco há tantas temporadas que verdadeiramente não deve haver quem não tenha visto pelo menos alguns episódios. Desde a 1ª temporada as personagens têm-se mantido fiéis às características iniciais sem contudo deixarem de evoluir. Bree Van de Kamp, a perfeccionista housewife, que parece ter saído directamente de um anúncio a electrodomésticos dos anos 50, manteve as características de magnifíca cozinheira, boa anfitriã e mestre das regras de etiqueta. Susan permaneceu ao longo das várias temporadas, o desastre à espera de acontecer. As cenas mais ridículas da série têm Susan como protagonista líder. Lynnette, a competitiva mulher de negócios ao longo das várias temporadas, foi trocando o papel de implacável profissional com o de mãe e dona de casa de um crescente número de filhos. Gaby, a vistosa latina, anterior modelo famosa, casada com Carlos e mãe de duas filhas aprecia todas as coisas boas que o dinheiro pode comprar. O egocentrismo, a falta de vergonha na cara e uma predisposição natural para dizer exactamente aquilo que pensa arrancam gargalhadas. Os maridos destas mulheres, embora de importância secundária, mantiveram-se igualmente interessantes ao longo das várias temporadas, acabando sempre envolvidos nas trapalhadas criadas por elas.
Ao longo de oito temporadas esta série abordou temas como a homossexualidade, o alcoolismo, as drogas, a adopção de casais gay, infidelidade, diferença de idades nas relações amorosas, troca de crianças à nascença, golpe do baú, educação de adolescentes, carreiras profissionais de mulheres com filhos, divórcio, amizade, amor, guerra, etc. Não faltaram os acontecimentos naturais e humanos de magnitude avassaladora e dos quais resultaram por vezes na destruição do idílico cenário de Wisteria Lane. Exemplo disso  foi o episódio do tornado e da populaça em fúria. Comum a todas as temporadas, foram também os constantes assassinatos que tiveram lugar ao longo de toda a série, geralmente praticados por “pessoas de bem” e com as melhores das razões ou intenções.
Foi com mais um assassinato que a temporada 8 desta série teve início. A vítima, o padrasto pedófilo de Gaby, que abusou dela em criança, não merecia melhor fim. Contudo o autor e as cúmplices do crime começaram a temporada de forma atribulada tentando esquivar-se das situações mais insólitas provocadas pelo traumático evento. Impagável é o primeiro episódio desta temporada com Gaby e Bree a tentarem esconder o carro da recém vítima de homicídio. De chorar a rir foram as cenas de Eva Longoria a mascar tabaco e arrotar inadvertidamente, sem perder a compostura, ou ainda a cena de Bree a obrigar o carjacker a levar o carro da vítima de homicídio, mas também a de Susan a ser obrigada a enterrar a mascote morta da turma da primária à qual dá aulas, após o trauma de ter enterrado o padrasto de Gaby.
Uma série de qualidade que vai deixar saudades!

CSL

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