Agora sigo a série Gossip Girl. Há uns anos quando comecei a
ver a série quando estreou em Portugal não passei do primeiro episódio, desisti
logo pois achei tudo muito forçado e uma historinha fraca à volta de duas
rapariguinhas de colégio rico, supostamente melhores amigas com pseudo manias
de que eram ricas, giras e populares a lutarem pelo mesmo namorado. Há alguns
meses atrás apanhei novamente um episódio mas desta vez da série 3 e decidi
ficar a ver. Inicialmente pensei tratar-se de mais uma versão do filme “Estranhas
Ligações” com a Sarah Michelle Gellar, (a penosa “Buffy”), o Ryan Phillippe e a
Reese Witherspoon. Não se afastou muito da realidade na medida em que a série
retrata a elite dos meninos ricos de Nova Iorque que vivem na zona mais cara de
Manhattan , mais conhecida como “Upper East Side”. Conseguimos encontrar
algumas semelhanças entre o filme, que já de si é uma cópia moderna do “Ligações
Perigosas” com a Michelle Pfeiffer, Glenn Close e John Malkovich, e a série,
talvez em alguns traços de personalidades de alguns personagens ou das
estranhas ligações que os unem. Por outro lado, enquanto que no filme tudo gira
à volta de uma virgem no caso de Witherspoon ou de uma mulher casada, no caso
de Pfeiffer, na série a rapariga principal é uma…chamemos-lhe “galdéria
boazinha”.
Basicamente uma menina rica que é popular e cobiçada por todos, com
problemas de afectividade, que não faz mal a uma mosca mas que acaba por dormir
com todos. Tudo se passa em volta de Serena Van der Woodeson, interpretado por
Blake Lively e que supostamente é a mulher mais bonita e fabulástica da alta
roda e, obviamente, com quem todos querem estar…pois…má escolha de actriz então…
a Blake Lively não está com essa bola toda…mas adiante.
Comecei a ver na 3ª
temporada e pareceu-me que a série melhorou substancialmente, facto que me
levou a continuar a ver e neste momento a seguir a 4ª temporada já. Como não me
quero desiludir mais vale não ver as temporadas anteriores. Há coisas assim…
nos filmes é uma coisa que muitas vezes acontece, nem sempre o primeiro é o
melhor. Senão vejamos, por exemplo nos filmes do Aliens, a sequela Alien-o
Reencontro final é bem melhor que o Alien-o 8º passageiro (os seguintes nem
vale a pena falar…)! Ou então na triologia da Guerra das Estrelas (a antiguinha
claro está, a recente é outra que também nem vale a pena falar…), tanto o
Império Contra Ataca como o Regresso de Jedi são bem melhores que o 1º Guerra
das Estrelas ou mesmo no Senhor dos Aneis. Toda a gente está de acordo que “As
duas Torres” e “O regresso do Rei” dão dez a zero à Irmandade do anel, certo?
Claro que nem sempre é assim mas…muitas vezes é!
Mas adiante falando de Gossip
Girl, temos a vida escandalosa da elite de Manhatan que nada mais nada menos
são as intrigas, relacionamentos e escândalos de um grupo de jovens, que agora
frequentam a universidade(deve ser por causa disso que eu comecei a gostar ,
saíram do ambiente de liceu…), que não são tão santinhos como muitas vezes
tentam parecer e as suas prioridades na vida, geralmente, ser a Serena Van der Woodsen
ou no caso masculino namorar a dita menina. Os homens são quase todos bons
rapazes e as raparigas, à excepção desta loira são quase todas umas invejosas
intriguistas. Dito assim não desperta grande curiosidade mas há aqui uma
personagem que merece a minha melhor atenção e a qual foi a que verdadeiramente
me pôs a ver esta série.
Chama-se Blair Waldorf (interpretada por Leighton
Meester), que a meu ver é bem mais interessante que a loira bombástica, a todos
os níveis. A Blair, muitas vezes referida como “Queen B” é “A” personagem.
Forte, pérfida, rainha dos esquemas com o seu séquito de subditas, cínica,
desconcertante e totalmente pedante, o que deixa qualquer um desarmado e sem
resposta, esta menina é quase uma lenda para os seus seguidores. A sua atitude
é tão genuína pela busca de se tornar uma mulher poderosa que oferece momentos
hilariantes tal é a boa performance da actriz.
Entre esquemas, relações, mentiras e escândalos existe uma
personagem que toda a gente conhece mas que nunca deu o ar de sua graça, é a
personagem que dá nome à série, Gossip Girl, a rapariga que lança as notícias
no seu blog,e que lança a confusão em emails ou sms. A Gossip Girl escreve a
coluna mais escandalosa de todas estas personagens chegando muitas vezes a ser
temida ou em outras ocasiões, até mesmo uma aliada, mantendo-se no anonimato e
nunca deixando ser revelada a sua identidade. Quanto aos homens da série, são
todos tão bonzinhos que até chateia! Só há um “bad boy” e é em versão Donald
Trump, mas que ao longo dos episódios começa a cansar, tal é a interpretação um
pouco fraquinha e monótona do actor.
Para quem, como eu, não gostou da série no início aconselho
a começarem a ver a partir da série 3, consegue-se apanhar bem a história,
senão pode ser que seja só de mim e as outras séries valham a pena…hummm doubt
it… É bom entretenimento quando queremos ver como é a vida da elite de
Manhattan… no seu pior! Curiosidade que eu não sabia, é que esta série é baseada
numa série de livros intitulada também “Gossip Girl” e escrita por Cecily Von
Ziegesar. Nos EUA teve 5 temporadas.
CNL