Existem aquelas séries que gostamos de paixão, aquelas que
odiamos de morte e depois existem aquelas que não são carne nem peixe, que
vemos no entremeio de outras séries que estamos à espera, ou simplesmente
quando não temos mais nada para ver e ficamos em frente à televisão. São
aquelas que chamo de séries telenovelo-dramáticas para passar tempo. Assim é
“Vida Inesperada”(Life Unexpected). É um dramazito rafeiro sobre uma
adolescente de 16 anos que, após anos a viver em lares de adopção, acaba por
encontrar os verdadeiros pais, eles próprios ainda na fase da adolescência
mental, apesar dos seus 30 anos. A escolha de todos os actores parece ter sido
feita numa agência de modelos pois, mesmo que a história não seja grande coisa,
os diálogos previsíveis, as situações já vistas dos dramas dos adolescentes de
16 anos ou dos adultos mal resolvidos, sempre não é uma série de todo
desagradável à vista. Mas daí, existem muitas séries não desagradáveis à vista
que mesmo assim são impossíveis de ver. “Vida Inesperada” vê-se mas não se
morre de amores por ela, não se fica a pensar no assunto e também não se
procura desesperadamente por ver o próximo episódio. A série teve 2 temporadas
(de admirar como chegou à 2ª pois o assunto era fraquito…) e audiências
vergonhosas na estação de televisão ABC. Uma tentativa fraquita de tentar chegar
aos calcanhares de “Gilmore Girls- Tal mãe, tal filha” ou de “Juno”, como o
estúdios da ABC quiseram fazer prever mas que falhou redondamente o alvo.
Vê-se, se não houver
mais nada de interesse na tv, e qualquer que seja o episódio que apanhemos
sabemos sempre que estará no mesmo sítio e que nada de relevante se passa, a
série não avança.
CNL
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