De há uns anos para cá comecei a gostar de musicais e,
apesar de ser uma série de, e para adolescentes , ou pelo menos a focar esse
universo, gosto de ver a série Glee. Acompanho-a desde a primeira temporada e
assisti-la é a certeza de uma hora bem passada com música e algumas
gargalhadas, é quase como poder ver um musical da Broadway( à distância, claro…)!
É uma série bem conseguida com todos os ingredientes para o sucesso. As
personagens são totalmente estereotipadas e por vezes ridiculamente absurdas,
mas em bom! As histórias também roçam o incredível com um toque de comédia
nonsense que lhe dá um sabor especial. É puro entretenimento sem qualquer pretensão,
com enfoque nas performing arts de canto e dança. Indiscutível o talento dos
actores, bailarinos e coreógrafos bem como a excelente escolha de temas para o
que se pretende. Resulta sempre muito bem. Faz lembrar um pouco o dia-a-dia de
uma qualquer escola de artes de Nova Iorque onde os alunos cantam, dançam,
actuam e estudam, com o senão de que tudo se passa num liceu comum americano do
interior, McKinley High, com todos os seus defeitos e virtudes. Nesta temporada
3, para quem gosta de seguir a personagem de Sue Sylvester, como eu, de certeza
também já reparou que esta tem vindo a perder um pouco de protagonismo, seja
devido à entrada de Nene Leaks( quem não se lembra dela no “Celebrity Aprentice”
quase saltar por cima da mesa do Donald Trump para atacar a apresentadora Star
Jones? Hilariante!), ou devido ao repentino “change of heart” da personagem,
uma alteração que lhe tem custado o protagonismo de vilã, que muitas
gargalhadas nos consegue arrancar. A história do Finn e da Rachel já não traz
nada de novo, assim como a de Mr. Shue e a sua maníaco-compulsiva namorada, mas
a relação de Kurt e Blaine assim como de Brittany e Santana tem vindo a
surpreender. De aplaudir a série pela coragem em assumir a existência de
relacionamentos gay entre adolescentes e as duplas dificuldades que enfrentam
num liceu com uma hierarquia social típica americana. Não esquecer ainda o original
casting realizado para a escolha de actores e pela opção em não encher a série
com “caras bonitas”. Aqui o talento é recompensado sobre a imagem e a moral a
tirar da série Glee é mesmo essa, a diversidade e a quebra de preconceitos a
todos os níveis, sejam eles raciais, sexuais, religiosos, físicos, etc. A
brincar, a brincar falam-se de temas sérios e reais entre actuações musicais
dignas de um qualquer musical nova iorquino! A seguir!
Esta temporada 3 tem uma interrupção de 2 semanas ao episódio 14 devido às gravações nos EUA.
CNL
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