Viciante é a palavra certa para descrever a série The
Killing - Who killed Rosie Larsen?
Esta série, que já se encontra no início da 2ª temporada,
nos EUA, é um remake da série alemã que está em exibição em Portugal e que se
chama: The Killing: Crónicas de um assassinato.
A versão do AMC, consideravelmente melhor que a alemã,
centra-se na investigação policial do homicídio de Rosie Larsen, uma
rapariga adolescente encontrada morta na mala de um carro de uma campanha
eleitoral , que foi lançado a um lago.
A personagem principal é a detective Sarah Linden cuja vida
pessoal parece estar prestes a arrancar com o planeamento do seu casamento, a
mudança de Seattle para a Califórnia e a reforma antecipada da profissão de
detective. O que capta nesta personagem é a postura diametralmente oposta ao
tipo habitualmente celebrado em Hollywood. Tem uma beleza apagada pelas roupas
que veste, das quais se destacam as camisolas de lã tricotadas e fora de moda,
pelo constante rabo-de-cavalo e pela ausência de maquiagem. É extremamente
observadora e pouco faladora. Independente e muito concentrada parece passar ao
lado das emoções daqueles com quem entra em contacto no âmbito da investigação.
No seu último dia em funções, a independente detective vê-se obrigada a
deixar-se acompanhar pelo recém-promovido a detective de homicídios, Stephen
Holder. Este, anterior detective da divisão de narcóticos é adepto de small
talk e da utilização de métodos pouco ortodoxos. Com o aparecimento de novas
pistas a detective parece não conseguir afastar-se da investigação em curso o
que coloca a sua vida pessoal, mais uma vez em segundo plano…
Novidade muito agradável é o ritmo da série. Ao contrário de
séries do género CSI e Criminal Minds em que cada episodio é a resolução de um
ou mais crimes, o tema desta segunda temporada é a continuação da investigação
policial que teve início na 1ª temporada, onde cada episódio retrata um dia
passado no decurso da investigação. Muito estimulante é a possibilidade do
espectador acompanhar o investigador em todos os passos da investigação. Ao
contrário do habitual, nesta investigação não há passes de mágica nem
conclusões tiradas da cartola com base nos palpites quase sobrenaturais do
investigador. O espectador tem a possibilidade, a par do investigador, de
seguir as provas e ver até onde as mesmas conduzem, reflectir e tirar
conclusões sobre elas. Tal como o investigador é apanhado de surpresa numa teia
de acontecimentos associados à investigação que provocam danos colaterais
imprevisíveis.
Esta série tem o que de melhor se encontra na série Walking
Dead: personagens credíveis e interessantes, surpresa, suspense, e muitas
emoções fortes!
Definitivamente a não perder!
CSL
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