terça-feira, 24 de abril de 2012

Séries que não passaram da 1ª temporada…



Às vezes pergunto-me o que passará na cabeça das produtoras de TV para não prosseguirem com algumas séries enquanto outras, bem mais fracas, têm sequelas intermináveis. O exemplo mais gritante para mim foi Jericho, teve mais do que uma temporada mas ainda assim era uma série que dava pano para mangas e que colava o espectador ao écran até ao último minuto. Este tipo séries tem mérito. É nestas que nos conseguimos relacionar com a história, com o argumento e com as personagens em si. Esperamos ansiosamente para ver o episódio a seguir pois nenhum capítulo encerra em si uma conclusão deixando-nos sempre na expectativa de que algo melhor estará para vir. Os CSI´s, as Mentes Criminosas, os NCIS´s e essas tantas séries da vida que estão aí aos pontapés e já não trazem nada de novo é que proliferam. Delas apenas guardamos na memória nomes soltos tipo Horatio ou Kensi mas não guardamos qualquer capítulo relevante que realmente nos tenha tocado, qualquer momento que nos tenha realmente emocionado ou colado ao ecran e todos começam e acabam da mesma maneira com o bom a ganhar sobre o mau! Parece ser esta a fórmula que faz com que estas continuem a prevalecer sobre as restantes.
 Outra das séries que eu gostava que a sua 2ª temporada tivesse visto a luz do dia e que deixou espaço para isso foi “Persons Unknown”-“Desconhecidos”.

A História gira à volta de um grupo de desconhecidos que um dia acorda num quarto de um motel de uma cidade deserta mas repleta de câmeras de filmar, muito ao estilo Big Brother. Ninguém sabe por que lá se encontra nem como foi lá parar e pior de tudo, como sair. Esta série deixa-nos expectantes para ver qual o passo que cada um vai dar para sair daquela situação, as traições internas, a conspiração por detrás do mistério e a relação que os personagens criam entre si fazendo-nos automaticamente identificar-nos com algum e escolhendo o herói a nosso bel prazer. Mas… aparentemente não foi suficiente para continuar, mesmo com um final em suspense! E por falar em finais que ficam em suspense também não vou deixar de mencionar a série The Gates.

Goste-se ou não do género ficcional do fantástico que mete vampiros, lobisomens, bruxas, ou até sugadores de vida, a série The Gates veio criar nos seus seguidores mais uma vez aquela vontade, aquele nervoso miudinho de querer ver o episódio seguinte seguindo o argumento atentamente. A acção passa-se no condomínio fechado “The Gates” para onde o polícia Nick Monohan se muda com a família. Esta pequena comunidade fechada, de proprietários abastados e estranhos, assemelha-se a uma pequena localidade com todas as infraestruturas que uma cidade comporta, inclusive um posto de polícia, onde Nick assumirá o controlo da segurança interna. À medida que a série avança Nick e a família vão perceber que aquela comunidade esconde mais segredos do que os que seriam esperados e um conflito entre grupos rivais vai desencadear uma guerra há muito tempo silenciada.
Parece que este tipo de histórias de comunidades fechadas, grupos isolados, cidades sob pressão, personagens complexas, eventos inexplicáveis e todo um género de ficção misterioso ainda não é tão amado pelo grande público como deveria. Uma pena! E agora resta saber quem é esse Grande Público! É talvez o tipo dos que não gosta muito de pensar, de se sentir motivado, espicaçado ou de sentir seja o que for ao apreciar uma boa história, nem que essa esteja mesmo à frente dos seus olhos! Preferem as séries como o “Chuck” ou o “Espião fora de jogo” e outras tantas séries medíocres que continuam a figurar no panorama televisivo com temporadas intermináveis. Não há paciência para esse "grande público"…que de "grande" pouco tem!

CNL 

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