sexta-feira, 4 de maio de 2012

Prison Break Temporada 1: a rever definitivamente!

Durante uns anos esqueci-me de quão bom foi ver a 1ª temporada de Prison Break. A propósito das repetições da Fox Crime voltei há uns tempos a acompanhar esta série e fiquei novamente viciada. Este tipo de sentimento só pode querer dizer que foi uma excelente série, que, apesar de já vista e revista, continua a proporcionar-nos as mesmas sensações, ainda que saibamos como vai ser o final. Vi as temporadas todas e a última, a 4ª, terminei de vê-la em 2008.
À excepção da 1ª, as outras 3 temporadas não me cativaram muito, chegando por vezes até a ser confuso segui-las tal era o jogo trocatintas de “lados” que as personagens escolhiam estar consoante o episódio em que estávamos. Depois, a própria história da série foi sendo desvirtuada com as consequentes temporadas. Hoje, ao rever a 1ª, entendo o que falhou nas temporadas seguintes. Apesar da história de pena de morte de Lincoln Burrows e da busca pela sua inocência estar presente desde o início, o facto é que a série estava centrada em Michael Scofield e no seu plano de fuga na prisão. O dia-a-dia dos presos, as suas dinâmicas, os grupos racistas e as rivalidades com os guardas preenchiam todo o imaginário à volta da situação fazendo-nos acompanhar um grupo de pessoas numa situação limite fechadas entre quatro paredes! Quando finalmente acontece a tão esperada fuga, o propósito, a verdade é que o “core” da acção acaba! A partir daqui foi sempre a descer, o elemento fulcral perdeu-se passando a história a estar centrada na “Companhia”, na busca de uma absolvição e numa perseguição desenfreada pela captura dos foragidos. Michael cedeu espaço a Lincoln, Sara Tancredi, Sucre, T-Bag, e outros que foram surgindo. Estes ganharam mais protagonismo e perdeu-se toda a adoração que os fans tinham por Scofield. Penso que após as críticas menos boas arrecadadas pela 2ª temporada os argumentistas voltaram a tentar a fórmula da fuga da prisão sendo a 3ª temporada passada novamente entre 4 paredes, desta vez no Panama. Na altura pensei novamente que a série ia voltar “às boas” mas não. A genialidade de Michael já não era o “core” da história e com isto continuamos a seguir a história da influência da “Companhia” na governação dos EUA com todos os seus segredos, corrupções, conluios e crimes. Boring… A 4ª temporada arrastou-se fazendo as personagens confundirem o espectador com a forma como manipulavam o seu status a seu bel prazer. Para piorar bastante a questão Michael acaba por morrer no fim para dar algum sentido ou pseudo dramatismo forçado a uma série que não o teve durante toda a temporada. Enfim, uma tristeza evitável se o elemento fulcral da história(a genialidade de Scofield nos preparativos para uma fuga) não se tivesse dispersado e aterrado num elemento secundário da acção (a Companhia) que passou a ser a personagem principal( ainda que se mantivesse no anonimato praticamente até ao fim).
Talvez por tudo isto me tenha esquecido o quão boa foi realmente a 1ª temporada pois penso que acabámos por ficar com a última imagem que temos das coisas, e este foi um destes casos. As temporadas seguintes foram tão fraquinhas que mais ninguém se lembra do que realmente foi bom. Temo que isto aconteça realmente com várias séries, que começam bem a descambam logo a seguir, deixando o espectador pendurado com uma sensação de estranheza, fraude e até desilusão.
A Temporada 1 é a rever definitivamente, garanto que voltamos a sentir aquele nervoso miudinho das cenas passadas em Fox River, ainda que já saibamos o seu final!
Por tudo isto deixo aqui o trailer para quem quer matar saudades.


CNL

Sem comentários:

Enviar um comentário