sábado, 24 de março de 2012

Gossip Girl: Primeiro estranha-se depois entranha-se…



Agora sigo a série Gossip Girl. Há uns anos quando comecei a ver a série quando estreou em Portugal não passei do primeiro episódio, desisti logo pois achei tudo muito forçado e uma historinha fraca à volta de duas rapariguinhas de colégio rico, supostamente melhores amigas com pseudo manias de que eram ricas, giras e populares a lutarem pelo mesmo namorado. Há alguns meses atrás apanhei novamente um episódio mas desta vez da série 3 e decidi ficar a ver. Inicialmente pensei tratar-se de mais uma versão do filme “Estranhas Ligações” com a Sarah Michelle Gellar, (a penosa “Buffy”), o Ryan Phillippe e a Reese Witherspoon. Não se afastou muito da realidade na medida em que a série retrata a elite dos meninos ricos de Nova Iorque que vivem na zona mais cara de Manhattan , mais conhecida como “Upper East Side”. Conseguimos encontrar algumas semelhanças entre o filme, que já de si é uma cópia moderna do “Ligações Perigosas” com a Michelle Pfeiffer, Glenn Close e John Malkovich, e a série, talvez em alguns traços de personalidades de alguns personagens ou das estranhas ligações que os unem. Por outro lado, enquanto que no filme tudo gira à volta de uma virgem no caso de Witherspoon ou de uma mulher casada, no caso de Pfeiffer, na série a rapariga principal é uma…chamemos-lhe “galdéria boazinha”. 

Basicamente uma menina rica que é popular e cobiçada por todos, com problemas de afectividade, que não faz mal a uma mosca mas que acaba por dormir com todos. Tudo se passa em volta de Serena Van der Woodeson, interpretado por Blake Lively e que supostamente é a mulher mais bonita e fabulástica da alta roda e, obviamente, com quem todos querem estar…pois…má escolha de actriz então… a Blake Lively não está com essa bola toda…mas adiante. 

Comecei a ver na 3ª temporada e pareceu-me que a série melhorou substancialmente, facto que me levou a continuar a ver e neste momento a seguir a 4ª temporada já. Como não me quero desiludir mais vale não ver as temporadas anteriores. Há coisas assim… nos filmes é uma coisa que muitas vezes acontece, nem sempre o primeiro é o melhor. Senão vejamos, por exemplo nos filmes do Aliens, a sequela Alien-o Reencontro final é bem melhor que o Alien-o 8º passageiro (os seguintes nem vale a pena falar…)! Ou então na triologia da Guerra das Estrelas (a antiguinha claro está, a recente é outra que também nem vale a pena falar…), tanto o Império Contra Ataca como o Regresso de Jedi são bem melhores que o 1º Guerra das Estrelas ou mesmo no Senhor dos Aneis. Toda a gente está de acordo que “As duas Torres” e “O regresso do Rei” dão dez a zero à Irmandade do anel, certo? Claro que nem sempre é assim mas…muitas vezes é! 

Mas adiante falando de Gossip Girl, temos a vida escandalosa da elite de Manhatan que nada mais nada menos são as intrigas, relacionamentos e escândalos de um grupo de jovens, que agora frequentam a universidade(deve ser por causa disso que eu comecei a gostar , saíram do ambiente de liceu…), que não são tão santinhos como muitas vezes tentam parecer e as suas prioridades na vida, geralmente, ser a Serena Van der Woodsen ou no caso masculino namorar a dita menina. Os homens são quase todos bons rapazes e as raparigas, à excepção desta loira são quase todas umas invejosas intriguistas. Dito assim não desperta grande curiosidade mas há aqui uma personagem que merece a minha melhor atenção e a qual foi a que verdadeiramente me pôs a ver esta série. 

Chama-se Blair Waldorf (interpretada por Leighton Meester), que a meu ver é bem mais interessante que a loira bombástica, a todos os níveis. A Blair, muitas vezes referida como “Queen B” é “A” personagem. Forte, pérfida, rainha dos esquemas com o seu séquito de subditas, cínica, desconcertante e totalmente pedante, o que deixa qualquer um desarmado e sem resposta, esta menina é quase uma lenda para os seus seguidores. A sua atitude é tão genuína pela busca de se tornar uma mulher poderosa que oferece momentos hilariantes tal é a boa performance da actriz.
Entre esquemas, relações, mentiras e escândalos existe uma personagem que toda a gente conhece mas que nunca deu o ar de sua graça, é a personagem que dá nome à série, Gossip Girl, a rapariga que lança as notícias no seu blog,e que lança a confusão em emails ou sms. A Gossip Girl escreve a coluna mais escandalosa de todas estas personagens chegando muitas vezes a ser temida ou em outras ocasiões, até mesmo uma aliada, mantendo-se no anonimato e nunca deixando ser revelada a sua identidade. Quanto aos homens da série, são todos tão bonzinhos que até chateia! Só há um “bad boy” e é em versão Donald Trump, mas que ao longo dos episódios começa a cansar, tal é a interpretação um pouco fraquinha e monótona do actor.

Para quem, como eu, não gostou da série no início aconselho a começarem a ver a partir da série 3, consegue-se apanhar bem a história, senão pode ser que seja só de mim e as outras séries valham a pena…hummm doubt it… É bom entretenimento quando queremos ver como é a vida da elite de Manhattan… no seu pior! Curiosidade que eu não sabia, é que esta série é baseada numa série de livros intitulada também “Gossip Girl” e escrita por Cecily Von Ziegesar. Nos EUA teve 5 temporadas. 

CNL

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